Ei, acabei de ler um livro do autor filósofo e escritor JEAN-PAUL SARTRE Titulado o Muro. Acho ser uma grande mentira... mas resolvi trazer um trecho para compartilhar com vocês meus amigos(as)
seguidores.
... Tudo! A todo tempo, como se fosse imortal levava tudo a sério. Foi assim que pensei: será que tem toda a vida pela frente? Sinceramente adoro ler os livros de( Jean Sartre) mas este ultimo senti o Autor ácido, em relação as coisas prosaicas da vida e ao comportamento humano. Entendo a posição dele mas não concordo. Seguinte: No momento reconheci que tinha mesmo toda vida pela frente. Mentira! a vida não valia nada, pois havia acabado. Sabe o personagem que faz essa reflexão está em uma situação tardia, não vou contar para não estragar aos que se interessarem pelo conto. Mas peguntei-me como conseguia passear, se divertir com mulheres, fazer castelos para a eternidade. Não teria movido um dedo se imaginasse que acabaria desse jeito. Diante dele tinha toda a vida fechada como um saco, e entretanto tudo que tinha lá dentro estava inacabado, não tinha saudades de nada, pois havia uma porção de coisas das quais poderia sentir saudades, do gosto da manzanilla, dos banhos que tomava no verão numa enseadinha perto do Cádis. etc. Num momento agente entra dentro do personagem querendo julgar.. Né verdade? queria dizer foi uma bela vida! mas não podia fazer julgamento porque era apenas lembranças de uma gravura de Juízo Final, e dois esboços holandeses como diz (Eça de Queiroz) em uma de suas mensagens. A morte. Porem a morte... roubara o encanto de tudo.
... No estado em que me achava se viessem me avisar que eu poderia voltar para casa sem me preocupar porque minha vida estava salva, eu me colocaria à pensar diferente: Vai dar na mesma quando se perde a ilusão de ser eterno. Muito complicada os textos deste livro.
Recomendo ler sim!!
