Minhas
amigas(os) e amados seguidores do meu blog. Boa noite, peço-lhes que me desculpem, mas ando um tanto quanto "não
inspirada" neste momento atual, são exatamente 22:36h. Então: tentei
escrever várias vezes, escrevendo e apagando. Confesso a vocês não
consegui me concentrar, nessa noite. No entanto vou apenas
compartilhar um texto que li. do escritor mais clichê, porém não menos
interessante pra mim, Paulo Coelho. Serviu pra mim, e venho
compartilhar.
Que todos se beneficiem da interpretação que irei fazer deste texto.
"Sempre
é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em
permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o
sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos,
fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o
que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais?
Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada
desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando
por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um
passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que
eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente
transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos:
seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua
irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo
adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode
estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos
entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não
podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se
sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e
dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de
voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas
realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso
que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para
orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é
uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso
coração e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir
espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar.
Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas,
portanto às vezes ganhamos e às vezes perdemos. Não espere que devolvam
algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio,
que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir
sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada
perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais
perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de
emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são
adiadas em nome do "momento ideal". Antes de começar um capítulo novo, é
preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais
voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo,
sem aquela pessoa -nada é insubstituível, um hábito não é uma
necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito
importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por
incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se
encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa,
sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Por
isso é que eu sempre digo: Se a vida há de ser provisória, que seja
linda e louca a nossa história. "
Paulo Coelho.
Interprete: por Maria da Consolação.
Interprete: por Maria da Consolação.