

A Proclamação da República foi a ruptura com a Monarquia, que não contou com a participação popular, mas que era um anseio da classe média dos grandes centros urbanos que desejavam maior liberdade e participação nos assuntos políticos do país. Outro dado que leva a acreditar que a população desejava a ruptura com a monarquia, deve-se ao fato do Imperador D. Pedro II não possuir filhos, nesse caso após sua morte quem ocuparia o trono seria sua filha mais velha princesa Isabel casada com o francês Gastão de Orléans, famoso "Conde d'eu", para a população isso era um indício de que o país pudesse ser governado por um estrangeiro.
Um forte apoio à República veio dos grandes proprietários rurais que não concordaram com as questões abolicionista e se sentiram lesados ao serem obrigados a alforriarem seus escravos - lei Áurea - 1888
Sob o ponto de vista econômico, o Brasil imperial encontrava-se numa crise econômica agravada pelas despesas geradas pela Guerra da Tríplice Aliança, que foi coberta por capitais externos e que causou uma grande inflação.
A questão militar pode ser melhor entendida sob a ótica das proíbições e
desprestigios por parte da Monarquia em relação ao Exército brasileiro.
Os oficiais do exércitos eram proíbidos de manifestarem-se na imprensa, isso só poderia ser feito com a prévia autorização do Ministro da Guerra. A ordem do imperador estava acima das ordens dos generais que também não possuiam autonomia sobre a defesa do território. Os militares da época não eram valorizados profissionalmente, eram mal remunerados e muitas vezes precisavam ter outros empregos para poderem arcar com suas despesas.
Segundo os históriadores, a Guerra do Paraguai, evidenciou aos militares o desprezo do império em relação aos militares que se sacrificaram por seu regime.
A legitimidade e legitimação da república
"Na reunião na casa de Deodoro, na noite de 15 de novembro de 1889, foi decidido que se faria um referendo popular, para que o povo legitimasse, por meio do voto, a república. Porém esse plebiscito só ocorreu 104 anos depois, dentro da constituição vigente, no dia 21 de abril de 1993; o seu resultado foi inequívoco: a república foi aprovada pela grande maioria da população, com 86% dos votos válidos."
Nenhum comentário:
Postar um comentário