terça-feira, 15 de novembro de 2011

Proclamação da República.Exílio e Simbolos.



 1- As Armas Nacionais                                                 




                                                        2-Bandeira Nacional

                                                                               












     
         3- Selo Nacional


4- O Hino Nacional

Letra: Joaquim Osório Duque Estrada
Música: Francisco Manuel da silva

I

Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.

Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.

Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza

Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!


II

Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!

Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores".

Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!

Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
- Paz no futuro e glória no passado.

Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.

Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!

Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!


O sistema monárquico do governo já não tinha apoio da Igreja, nem dos militares, das lideranças civis e nem dos antigos senhores de escravos. Por essa razão, a Proclamação da República foi pacífica, sem guerra nem derramamento de sangue. Movimentos sociais e revoltas já indicavam a falência do regime monárquico. A Inconfidência Mineira (1789), a Conjuração Baiana (1798) e a Revolução Pernambucana (1817) já carregavam o gérmen do sistema republicano de governo, impulsionados pelos ideais da Revolução Francesa. Pouco depois da Proclamação da República, no dia 24 de fevereiro de 1891, foi promulgada a primeira Constituição Republicana. No mesmo ano, sofrendo oposição do Congresso, Deodoro da Fonseca renunciou e o vice-presidente, Marechal Floriano Peixoto, assumiu a presidência. O forte e centralizado presidencialismo, que tornava difícil a aplicação do princípio federativo, fez com que algumas oligarquias rurais de São Paulo e Minas Gerais se destacassem, o que deu início à conhecida política do “café com leite”. Os estados de São Paulo e Minas Gerais passaram a alternar a presidência do Brasil até 1930. O Marechal Deodoro da Fonseca nasceu em 1827, em Alagoas e lutou nas guerras do Prata e do Paraguai. Em 1884 conquistou o posto de marechal e, no ano seguinte, foi nomeado comandante de armas do Rio Grande do Sul. Ele foi para o Rio de Janeiro, sede da monarquia, em 1886 e assumiu a facção do Exército favorável à libertação dos escravos."


Dom Pedro 2º rumo ao exílio - 


No dia seguinte, no Paço da Cidade, dom Pedro 2º foi notificado de que a monarquia já não era a forma de governo em vigor no Brasil. Como Ouro Preto, o imperador também estava deposto e intimado a deixar o país em 24 horas. O governo provisório tinha providenciado um navio para transportá-lo para o exílio, em Portugal. Dom Pedro 2º não se opôs, declarando aceitar a vontade da opinião pública nacional.

O navio partiu na madrugada de 17 de novembro. O horário foi escolhido para evitar manifestações populares favoráveis ao imperador. Um forte esquema de segurança foi montado na cidade para acompanhar a família imperial a bordo. Embora fosse improvável que o povo se levantasse para defender dom Pedro 2º, a República preferia não arriscar. Na verdade, o povo estava à margem dos acontecimentos, mas isso não impedia que manifestasse sua opinião, como nos versinhos abaixo, que circularam no Rio de Janeiro pouco depois do embarque do ex-soberano:

"Partiu dom Pedro Segundo
Para o reino de Lisboa.
Acabou a monarquia
E o Brasil ficou à toa."

A avaliação que o escritor Lima Barreto fez do episódio também merece ser transcrita:

"Uma rematada tolice que foi a tal república. No fundo, o que se deu em 15 de novembro foi a queda do Partido Liberal e a subida do Conservador, sobretudo da parte mais retrógrada dele, os escravocratas de quatro costados".

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